sábado, 8 de maio de 2010

Equipamentos de teleterapia

(Foto do aparelho de telecobaltoterapia (Gammatron) do Serviço de Radioterapia do Hospital de Caridade de Florianópolis.)

Além do Acelerador linear(vejam postagem sobre AL abaixo)a teleterapia possui outro equipamentos, são eles:
  • Aparelhos de raios-X. Um aparelho de raios-X para tratamento superficial difere de um acelerador apenas no mecanismo de aceleração, que consiste de dois eletrodos, que, sob tensão, formam um campo elétrico que acelera os elétrons (com energias de keV´s, muito mais baixas que as atingidas por um acelerador linear).
    É importante salientar que tanto os aceleradores quanto os aparelhos de raios-X não possuem material radioativo em seu interior, produzindo radiação quando os elétrons acelerados colidem com um alvo.
    O Hospital de Caridade de Florianópolis possui um aparelho de raios-X para tratamento superficial modelo Dermopan II da Siemens, com tensão máxima de aceleração de 50 KV e amperagem máxima de 25 mA.
  • Aparelhos de raios-g (gama). Os aparelhos emissores de raios gama utilizados na teleterapia são equipamentos semelhantes aos aceleradores somente na aparência. Sua fonte de radiação é uma pastilha de material radioativo (geralmente 137Cs ou 60Co) colocada numa cápsula dentro do aparelho que, quando aberta, emite radiação.
    Por conter material radioativo este tipo de equipamento requer cuidados especiais para evitar acidentes.
    O Hospital de Caridade possui um equipamento de telecobaltoterapia modelo Gammatrom III da Siemens, com fonte de cobalto-60, que emite raios gama com energias de 1,33 MeVs e 1,17 MeVs. A radiação é produzida através de uma fonte de 60Co alojada na extremidade do braço do aparelho, dentro de uma cápsula de aço inoxidável com forma cilíndrica com aproximadamente 2 cm de diâmetro. A cápsula é revestida de chumbo e urânio para evitar a emissão de radiação em todas as direções. Para o uso no tratamento, existe um mecanismo que movimenta a fonte e permite que se utilize o feixe de radiação apenas quando desejado. A atividade da fonte do Serviço de Radioterapia do Hospital de Caridade está em aproximadamente 1250 Ci (fevereiro de 2000). Associada ao acelerador há uma mesa onde é posicionado o paciente e que apresenta 4 graus de liberdade: vertical, longitudinal, latitudinal e rotacional, em torno da qual o equipamento pode girar.
    (Fonte:www.fsc.ufsc.br/~canzian/intrort/radioterapia.html)

Teleterapia


A teleterapia é uma modalidade de radioterapia em que a fonte de radiação é externa ao paciente, posicionada a no mínimo 20 cm de sua superfície. A teleterapia, introduzida na prática médica no início do século, expandiu na década de 30 devido ao desenvolvimento dos aparelhos de radioterapia convencional com energias superiores a 130 KV (kilo-volts), permitindo o tratamento de tumores profundos. Nas décadas de 30 e 40 surgiram as bombas de cobalto e os aceleradores lineares, com energias de MeVs (mega-eletron-volts).


fonte:www.fsc.ufsc.br/~canzian/intrort/radioterapia

Braquiterapia



É uma forma de radioterapia em que materiais radioativos são implantados nas proximidades do tumor. A palavra braquiterapia origina-se do grego (brachys = junto, próximo) e define uma modalidade de tratamento em que doses de radiação são liberadas para atacar as células tumorais, sem que um grande número de células sadias seja afetado. Estes implantes podem ser temporários ou permanentes. Diferenças entre Braquiterapia e Radioterapia externa, Na braquiterapia, a radiação tem origem nos materiais radioativos colocados no interior do corpo, perto do tumor. Essa proximidade permite que altas doses de radiação sejam liberadas para atacar o tumor. A radiação fica restrita à região, não afetando órgãos mais distantes. Na radioterapia externa, a fonte de radiação é geralmente um acelerador linear, que emite feixes de raios que alcançam o tumor após atravessar diferentes tecidos. Dessa forma, órgãos e tecidos sadios, situados no trajeto dos raios estão sujeitos aos efeitos da radiação. Comparada à radioterapia externa, a braquiterapia permite aplicar doses maiores, em intervalos de tempo menores e a volumes mais restritos.

fonte:www.fsc.ufsc.br/~canzian/intrort/radioterapia

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Acelerador Linear


O acelerador linear também chamado LINAC (linear acelerador) é um tipo de acelerador que proporciona a partícula sub-atômica carregada pequenos incrementos de energia quando passa através de uma seqüência de campos elétricos alternados.

Enquanto que o gerador de Van der Graaff proporciona energia a partícula em uma só etapa, o acelerador linear e o ciclotron proporcionam energia a partícula em pequenas quantidades que se vão somando.

O acelerador linear, foi proposto em 1924 pelo físico sueco Gustaf Ising. O engenheiro norueguês Rolf Wideröe construiu a primeira máquina desta classe, que acelerava íons de potássio até uma energia de 50.000 eV.

Durante a Segunda Guerra Mundial foram construídos potentes osciladores de radio freqüência, necessários para os radares da época. Depois foram usados para criar aceleradores lineares para prótons que trabalhavam a uma freqüência de 200 MHz, enquanto que os aceleradores de elétrons trabalhavam a uma freqüência de 3000 MHz.

O acelerador linear de prótons desenhado pelo físico Luis Alvarez em 1946, tinha 875 m de comprimento e acelerava prótons até alcançar uma energia de 800 MeV (800 milhões). O acelerador linear da universidade de Stanford é o maior entre os aceleradores de elétrons, mede 3.2 km de comprimento e proporciona uma energia de 50 GeV (50 bilhões).

Na industria e na medicina são usados pequenos aceleradores lineares, bem seja de prótons ou de elétrons.

( fonte:www.fisica.ufs.br)

Câncer



Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.


Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).


(fonte: INCA)

Visita ao setor de Radioterapia da Santa Casa de Misericordia de Maceió

O Instituto de Radioterapia utiliza os equipamentos mais avançados e de última geração atualmente disponíveis no mercado internacional do tratamento do câncer:


  • Acelerador Linear Clinac 2100, da Varian, equipamento de teleterapia que utiliza dois feixes de energia de fótons, de altíssima energia e grande capacidade de penetração nos tecidos para tratar tumores profundos (um de 6 mv e outro de 10mv), além de 5 energias de elétrons, radiação corpuscular, para tratamentos de lesões mais superficiais. As aplicações são feitas diretamente da máquina, através do ar, até atingir o paciente (teleterapia) e duram entre 20 a 30 segundos, em média, sendo totalmente indolor.
  • Acelerador Linear Mevatron 74, da Siemens, equipamento de teleterapia, também utiliza fótons de 10mv para tratamentos de tumores profundos e possui elétrons para tratamentos dos tumores superficiais

(fonte texto: www.santacasademaceio.com.br)




Máscara facial, termomoldável, para imobilização de pacientes, em tratamento de radioterapia.



Equipamentos e materiais utilizados durante o tratamento




Mesa de comando de um dos Aceleradores linear (Mevatron 74, da Siemens)


(fotos realizada durante aula pratica de radioterapia na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, sob orientação do professor e técnico de Radioterapia, André Laurentino.)









Radioterapia

A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.

As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.